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falso espetáculo

Sobre

Falso Espetáculo

Falso Espetáculo,
as catástrofes artísticas essas sim! 

Em Falso Espetáculo três performers se colocam em situação de falha assumida, de erro, de desvalia.

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Falso Espetáculo

as catástrofes artísticas, essas sim!

Em Falso Espetáculo três performers se colocam em situação de falha assumida, de erro, de desvalia. Interessa-lhes o “não saber” em cena, a catástrofe artística, a situação de desterro de um corpo que se propõe dançar, atuar, e não um corpo supostamente pronto que faz coisas espetaculares. Interessa-lhes aquele corpo que inaugura em si uma certa impotência, uma certa fraqueza, uma impostura que é ela mesma potência irônica, visão de mundo, estado de ser. Não raro os artistas têm pavor de aceitar os próprios limites, mas, dependendo do olhar, esses limites podem ser mais interessantes do que o considerado “apresentável”. “Falar em nome de uma incompetência absoluta”, como disse Gilles Deleuze. Falar em nome de uma incompetência absoluta, aqui, para minimamente desequilibrar o jugo do dado, da estabilidade formatada, dos estereótipos artísticos. Criar brechas para que contornos possíveis ou impossíveis, verdadeiros ou falsos, otimistas ou pessimistas, quiçá momentaneamente, possam se abrir a experimentações, a liberdades artísticas, à pergunta de Espinosa: “o que pode um corpo?”.
 

Falso Espetáculo é um exercício conceitual que tenta borrar a fronteira entre conceitos opostos, uma reflexão estética acerca da ambigüidade, da complexidade da vida. O título “Falso Espetáculo” se revela como uma espécie de cilada: ao longo da peça, falso e verdadeiro são enquadrados em outra moldura, a da ambigüidade. Nessa montagem, o teatro e a dança são tratados em suas especificidades, metalinguisticamente, o teatro que se pensa e o mesmo com relação à dança. O jeito de organizar essas informações em cena, porém, tem muito a ver com a performance e suas radicalidades, suas auto-ironias, sua pesquisa de linguagem.

Créditos

Criação, concepção, direção, textos, sonoplastia: Elisa Ohtake
Performance: Emerson Meneses, Ricardo Oliveira, Elisa Ohtake
Participação em vídeo: Sheila Mello
Cenário: Elisa Ohtake e Cesar Rezende
Cenotecnia: Mateus Nanci
Operador de luz e som: Ricardo Gelli

Produção: Elisa Ohtake e Escritório das Artes
Fotos: João Caldas e Lenise Pinheiro

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olhares críticos

“Já vinha ouvindo de amigos que era, em performace, um achado. E foi um deleite. “Falso Espetáculo” é inteligente, divertido, arriscado. Está sempre no limite da inconseqüência, na negação do espetáculo, mas escapa de todas as armadilhas ou “catástrofes artísticas” que vai erguendo, ele mesmo. Como expressa, vai do impossível ao possível e de volta. É lúdico, mas nada ingênuo, sabe o que faz no seu jogo de verdade e mentira em ‘tudo’.”
Nelson de Sá – blog de teatro Cacilda

“Uma contundente e competente discussão de questões que geralmente são tratadas por pensadores interessados em explicar a complexidade da vida como Espinosa, Prigogine e Deleuze. (..) A proposta é ousada, perceber que se vive em um estado entre, em plena simultaneidade entre a alegria da dúvida e a incerteza infernal. Cada entonação, gesto ou movimentação escolhida vai tecendo uma sucessão de surpresas. A maior dela talvez esteja no fato de que assuntos tão difíceis assim tenha se organizado de modo tão sedutor.”
Helena Katz – O Estado de S. Paulo

“’Uma festa à incerteza’, como afirma sua criadora Elisa Ohtake, ou o elogio à precariedade, Falso Espetáculoconstitui precioso exemplo das possibilidades que se abrem para as artes cênicas nesta época pós-moderna. Quando se rompe com o iluminismo e com o determinismo cartesiano é possível encarar sem vergonha intelectual ou temores existenciais a nossa própria falência cotidiana. Somos falíveis, graças a Deus! É o que parecem apregoar os três intérpretes de Falso Espetáculo, com o prazer quase sensual que lhes dá a constatação.”
Sebastião Milaré – revista eletrônica Anta Profana

“Falso Espetáculo é um blefe assumido, ou seja, se filia à tradição de ruptura do futurismo e dadaísmo. Como Duchamp trazendo um urinol ao museu, Ohtake tem a candura das crianças se exibindo às visitas, e se expõe a todos os ridículos, contagiando de inteligência quem menos se espera”
Sergio Salvia Coelho – Folha de S. Paulo

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f o t o s​

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